25/08/2013 - Dedo de Nossa Senhora

Por carla.milioni

G1: Carla Milioni

P1: Hamilton

G2: Pedro Salomão

P2: Leandro

Img 20130825 Wa0004A ideia de ir no Dedo de Nossa Senhora começou porque eu ia escalar o Dedo de Deus no domingo, mas acabei desistindo em razão da quantidade de integrantes nas cordadas. Então decidi fazer algo ali do lado, de onde
pudesse ver os meus amigos no Dedo de Deus. Lendo o Guia do PARNASO, fiquei atraída pela descrição do Dedo de Nossa Senhora. Seria uma trilha rápida, um trecho de artificial “fácil” e alguns cabos de aço. Nada muito assustador (em princípio).

Já tinha participado de algumas vias com artificial, mas nunca tinha
guiado. Peguei emprestado estribos, treinei um pouco em casa e achei que
não teria tanta dificuldade. O Hamilton tinha topado ir comigo e fiquei muito feliz quando convenci o Pedro e o Leandro a formarem a outra cordada. Achei que seria melhor ir para a Serra em grupo (pequeno, é claro).

Saímos do Rio umas 5h20 e começamos bem cedo na trilha (o plano era comer no Paraíso das Plantas, mas a lanchonete estava fechada). Fizemos a trilha até a base do primeiro artificial em cerca de 1h10. Foi só ali que comemos um lanche.

Img 20130826 Wa0000Um fato a ser comentado: no início da trilha, eu tinha escutado um barulho
e achei que fosse cobra. Até falei para os meninos, mas depois vi que não
era. Continuei. Perto dali, depois de uma curva, eu estava na frente e
antes de subir um degrau vi uma cobra relativamente grande, bem no meio da trilha. Parei e me afastei um pouco. Ela parecia estar morta, pois não
reagia a barulhos, nem a qualquer movimento. O Leandro (muito corajoso)
pegou um galho e conseguiu levá-la para o lado da trilha. Ele passou
primeiro, o Pedro na sequência, Hamilton e eu. Mas a surpresa não parou
por aí... O Leandro e o Pedro viram ela se mexer, ou seja, ela estava viva.
O Leandro tirou fotos... Depois mando o link.

Vamos à escalada: o primeiro lance de artificial é pequeno, dois grampos.
Foi bom para eu me acostumar com os equipamentos. Depois pegamos uma curtíssima e íngreme trilha e, logo depois, mais um lance de artificial de quatro grampos. Como eu achei que a distância fosse maior, eu já tinha me desencordado e guardado os estribos (que são muuuuito volumosos). Quando começamos a tirar a corda e os estribos da mochila, surge o Pedro atrás da gente. Ele ainda estava encordado e, para acelerar, pedi para ele guiar esse trecho. Foi mais rápido assim, pois a gente prusikou na corda dele.

Mais uma pequena trilha e surge o paredão que leva ao cume. Não contei, mas
o guia diz que são 18 grampos de artificial, fora os cabos. Nos preparamos
rapidamente. O primeiro grampo era alto e precisei da ajuda do Pedro para
chegar até ele. A escalada em artificial não tem muito segredo, mas como
eu nunca tinha guiado, demorei muito para pegar o ritmo. Machuquei muito a
minha mão e às vezes ficava presa pela solteira do outro estribo ou pelo
próprio estribo no grampo de baixo... Quando estava começando a entender
melhor o sistema, os grampos acabaram... Fiquei bem cansada e demorei para
terminar. O Pedro, por outro lado, foi muuuuuuito rápido. Ele não estava
com estribos, mas sim com fitas de vários tamanhos. Da próxima vez, vou
tentar isso.

Já estava super cansada e quando olhei o primeiro cabo (bem íngreme naquele
primeiro trecho), quase desisti. Mas respirei fundo e fui! Costurei em
alguns grampos (é muito ruim parar no meio do cabo para costurar!!) e em
árvores. Os outros cabos são fáceis e acho que costurei uma vez só.

Quando acabaram os cabos, surge uma pequena (mas íngreme) trilha para o
cume. O guia dizia que era para seguir escalando nessa trilha, mas
estranhei, pois parecia bem fácil. Engano meu! A trilha tinha muita terra
e estava escorregadia... Segui o guia e fui escalando, costurando em raízes
e árvores. Depois... Cume!!!!!!!! O Pedro e o Leandro vieram logo depois. O
dia estava lindo e tiramos algumas fotos legais, principalmente do Dedo,
logo ali na frente.

Os rapéis na volta foram mais rápidos do que eu imaginava. Como tínhamos
duas cordas, tentamos agilizar descendo a corda logo para armar o
próximo. Fizemos 6 rapéis ao total. A trilha na descida foi tão rápida quando na subida. No trecho da cobra passamos batido, menos o Pedro, que teve coragem de ficar procurando e constatou que a cobra não estava mais lá...

Chegamos no carro de volta por volta de 16h30. Duração total da atividade: cerca de 9h40.

PS. Uma crítica quanto ao guia do PARNASO: ele diz que no lance do artificial, o guia pode fixar uma corda de 60 metros no meio e os
participantes poderiam subir com ascensores. Quem lê essa frase só pode concluir que o trecho tem 30 metros. Mas não tem. Por isso, quem for, leve
corda de 50 metros, no mínimo. Como estávamos com uma corda muito fina (corda dupla, mas era 1 só), tivemos que dobrá-la, o que nos dava só 30 metros. Mas como a via tem mais de 30 metros, tive que fazer uma parada no
meio do artificial e isso atrasou um pouco mais a escalada.

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