31/05/2013 - Lixeiros 3º V com Capitão Caverna 4º VIsup
Via: Lixeiros 3ºV com Capitão Caverna 4ºVIsup
Data: 31/05/2013
Horário: Manhã
Local: Ana Chata - São Bento do Sapucaí.
A idéia inicial éramos fazermos alguma via do Bauzinho ou do Baú, mas em virtude da incerteza de não encontrarmos muitas opções de vias secas, partimos para a Ana Chata. Assim fomos, Eu, Carla, Charão, Marina Hamilton, Paula e Gabriel e lá encontramos com a Cris Jorge e o Draga.
O acesso a base da Ana Chata se faz por uma trilha de aproximadamente 55 minutos.
Chegando no acesso a base, definimos as duplas e a vias. Escolhi fazer a Lixeiros e depois entrar na Capitão Caverna. A Carla foi comigo e na outra cordada, veio o Hamilton e a Marina. Os demais foram fazer a Elektra.
Vale frisar que a base da via é junto com a da Peter Pan e não logo após. Um escalador da região, que estava na base da Peter Pan, me sinalizou que o começo da Lixeiros era mais a frente, o que me fez escalar uns 20 metros até chegar ao penúltimo grampo antes da P1. Após a P1, havia uma fenda muito bacana e no lance mais puxado, é bem protegida. Já no final dela, quando é obrigado a passar por cima e fazer uma pequena horizontal, surge uma agarra gigante e logo depois é a P2. A saída da P2 é bem horizontal e não é possível ver o próximo grampo, tem que acreditar e ir, ele está lá. Todo o trecho até a P3 é bem tranquilo, mas exposto e a via estava bem suja. A partir da P3, tínhamos 3 opções. Seguirmos pela Lixeiros, entrarmos na Capitão Caverna ou entrarmos na Cavaleiro das Trevas. Queria entrar na Cavaleiro das Trevas, mas no croqui que eu estava, dizia que precisava de nuts e friends (os quais eu não tinha). Por isso escolhi entrar na Capitão Caverna, porém, mais tarde, descobri que esta também precisava de friends (estava com um guia antigo, onde não informava a necessidade).
O começo da Capitão Caverna é uma pequena rampa até uma parede vertical. Entrei na parede até o primeiro grampo e fui seguindo. Chegando no segundo grampo, o que eu não esperava, ocorre, a agarra de mão arrebenta e sem nenhum aviso, caio. No susto, por puro reflexo, tentei segurar a corda e acabou que queimei a mão. Como a Carla estava bem atenta ao lance, travou na hora a corda e por isso só bati com o pé na pequena rampa de acesso. Senão seria queda no platô.
Na hora, achei que só a mão havia queimado e cheguei a cogitar de continuarmos pela Lixeiros, já que era uma via tranquila. Mas quando comecei a andar em direção a parada, vi que a pancada no pé tinha sido forte e não havia condição nenhuma de sustentar meu peso sobre ele. Decidimos então abandonarmos a via.
O Hamilton já estava na parada, quando sofri a queda, então aguardamos a chegada da Marina e em seguida, organizamos os próximos passos. Como a parada era em chapeleta, e devido ao fato de ter ocorrido um acidente, decidimos abandonar dois mosquetões, ao invés de usarmos fitas ou cordeletes para o rapel. O que não foi preciso, já que uma outra cordada estava vindo e eles cederão dois mosquetões para abrirmos o rapel.
O Hamilton abriu o rapel, depois fui eu, a Marina e a Carla. Na outra parada, não houve necessidade de usarmos mosquetão, já que era parada própria para rapel.
Depois foi descer a trilha, que por sinal, foi menos doloroso graças a criatividade do Sr. Kai de sugerir fazermos algum jogo para passarmos o tempo e distrair a mente. E por fim, comer algo e ir ao pronto socorro tirar uma radiografia. Agora é me recuperar para voltar a escalar e organizar uma outra investida no Baú, para tirar satisfação com essa via.
Abraços e até a próxima,
Hosken