Cabeça de Dragão, caminhada semipesada. Pernoite – CBM 2010
Data: 22 e 23 de maio de 2010
Coord.: Guto (Manuel)
Local: Parque Estadual de Três Picos, Nova Friburgo
EATs: Márcia, Fernando, Fred, Cecília, Christian
Alunos: Laura, Virgínia, Cynthia, Martha, Marcella, Carlos, Felipe, Rafael (mexicano), Rodrigo, Hugo (reciclando)
Sábado
Sobre a excursão, tudo correu muito bem, turminha alto astral e equipe de apoio idem. Chegamos 10:00 no abrigo do Sérgio Tartari e acabamos saindo lá pelas 11:00am , com o Chistian Sens guiando a trilha e eu fechando o grupo. Andando bem devagar cortamos direto para o parque, com duas paradinhas maiores, sendo a última no camping do parque para abastecer as garrafas de água para a noite no Cabeça de Dragão. A chegada foi dentro do tempo previsto o que deu tempo para reconhecermos o local e escolhermos com calma os locais para as barracas que às 15:00 já estava todas montadas.
O clima da tarde se alongou até a noite com conversas e comidinhas que rolaram deliciosamente. Talvez o companheirismo só tenha sido interrompido quando inocentemente iniciamos jogos de mímica. Virgínia Sena se destacou pela empolgação e Rafael pela dedicação apesar de sua língua materna ser os espanhol. Infelizmente ficou claro o maucaratismo de Laura que usando de artifícios ainda não explicitados, – mas certamente ilícitos, místicos e ilegais – conseguiu acertar todos os filmes da equipe adversária (que era a minha por sinal), garantindo de forma injusta a vitória de seu time. Em nome da boa convivência não demos continuidade à disputa ou a discussões e nos dedicamos novamente aos papos de montanha. A noite que já havia chegado teve Fred no comando dos fogareiros de benzina e Christian o MSR boladão a gás dele.
Tempo frio, alguns momentos de céu limpo e as primeiras lições da montanha começaram a surgir. Martha, Felipe e Rafael, o mexicano, não levaram agasalhos adequados para o frio prometido, nada que comprometesse suas vidas, mas certamente não tiveram todo conforto possível. Tenho certeza que nunca mais esquecerão.
Outra surpresa veio da barraca que Martha e Felipe usaram para dormir. Aquela de modelo Iglu e com um quadradinho que faz uma citação ao sobreteto, excelente para noites quentes e secas. Pois bem, a sorte deles é que pelo menos não choveu, entretanto acho que tiveram ali lições o bastante para excursões futuras. Quem não foi pego de surpresa mesmo foi o Carlos, que acostumado com o clima antártico disse que quase dormiu de sunga naquela noite. Só não o fez em respeito ao Hugo, parceiro de barraca, homem sério e casado, mas que também não é de ferro.
Fora isso, a espera por estrelas foi por vezes satisfeita e aos poucos, um a um, os valentes membros da excursão se renderam ao sono e ao calor de suas barracas. Muitas reclamações sobre o ronco desmedido de nosso amigo Christian e outros mais. Não pude fazer quaisquer críticas, afinal dormi muito bem dividindo espaço na barraca com meu amigo Fernando (que digo só para vocês que roncou como um urso, pois todo mundo veio reclamar do barulho vindo da minha barraca no dia seguinte, e como eu não ronco só pode ter sido ele, por sorte dormi antes e não escutei)
Domingo:
“Bizual”, “bista” e muito “brio” – junto com meu nariz “endubido” – , tudo estava perfeito. Todos acordaram bem – com exceção do Fernando, mas uma vez digo, o rapaz deveria consultar um otorrino, não respirou bem e roncou a noite toda. Outro assunto recorrente veio da percepção de que a Marcella conseguiu acordar com um sorriso exatamente igual ao que tinha no início da viagem (quando chegou atrasada no ponto de encontro). Ficamos tentando descobrir o que houve, mas preferimos deixar a intimidade do casal preservada, afinal, foi a primeira vez que eles viajaram juntos com a permissão dos pais dela e mesmo sem terem um compromisso jurídico oficial – em outros tempos isso já foi motivo de casamento e também de expulsão no CEC. Em tempo, Rodrigo também sorria bastante pela manhã.
Café da manhã, cume, desmonte de campo e pente fino. Parece que a ida ao cume valeu a pena, nã o fui para não forçar os joelhos, mas pelo que a Márcia falou estava lindo. Um mar de nuvens que mesmo já tendo visto algumas dezenas de vezes me causou algum remorso por não ter forçado um pouco mais. Mas admito que o papo tranquilo e o silêncio do acampamento, curtido com o Sr. Sens e a Dra. Cynthia também foram momentos únicos e que renderam ótimas fotos aéreas.
Saímos 10:52 e em uma descida lentíssima (por conta de joelhos doloridos e das conversas entusiasmadas) e agradabilíssima. O grupo se dividiu entre rápidos e lentos (o Christian com o primeiro e eu com o segundo) e a última parte da trupe chegou ao Tartari por volta de 12:40.
Banho de rio, muita pizza e depois uma ótima viagem de volta pra casa. Uma turma bem especial, fácil de lidar e que soube trabalhar bem com as novidades que o acampamento trouxe para eles. Esse foi um dos acampamentos de CBM mais leves e fáceis de que já participei. A equipe de EATs super sintonizada dividiu tarefas muito bem, não havendo qualquer sobrecarga.
Christian - Levou o grupo em segurança pela trilha e manteve o grupo ativo e feliz com o seu bom humor habitual.
Fred - Claro pretendente a substituto de Pablo, sendo isso um elogio, por se mostrar prestativo e preocupado em mostrar aos alunos tudo que podia sobre vivência em montanha. Mostrou grande prazer no manuseio dos equipamentos de cozinha, administrando os fogareiros muito bem.
Márcia - ansiosa, preocupada e dedicada à segurança. Trasmitiu confiança e carinho aos alunos. Sacrificou o joelho para acompanhar o grupo nessa excursão.
Fernando - Eminência parda, sempre presente para ajudar. Olhava tudo e todos, também deu sua contribuição por lá.
Ciça - Também estava lá ajudando e foi uma das primeiras a se dispor a levar os alunos no cume quando a maioria de nós
curtia uma preguicinha da manhã. É verdade que no fim só eu e Christian ficamos no acampamento, acompanhados pela Cynthia.
Parabéns a todos os alunos, aos EATs, obrigado pela ajuda, Guto (Manuel)