Irmão Menor, via Iza Murad, 4° V E2 210m
Por Daniel d'Andrada
Dia bom pra escalar: nublado porém sem chances de chuva.
Fomos em duas cordadas: Eu com o Antônio Santana e o Cadu Spencer levando o Lucas Firmino (promissor sócio novo do clube).
Assim que acaba a rua Benedito Calixto, numa espécie de mirante, à esquerda, está uma trilha bem aberta. Anda-se apenas uns 10 a 15 metros (passamos por dois restos de oferendas) e já se está na estranha base da via.
A base da via
Você sobe numa árvore, num tronco deitado, e confortavelmente costura o primeiro grampo antes mesmo de entrar na via. O Antônio também subiu e me deu segurança de cima desse tronco. A uns 2 ou 3 metros desse primeiro grampo já está o segundo. Grampos tão próximos não são um bom sinal.
Entendi assim que tentei entrar na via. Não rolou. É estranho. A pedra nesse trecho é absolutamente verde de limo e não há agarras de mão pra ajudar no equilíbrio. Acabou que fui em tesoura, com um dos pés numa árvore grande que tem ao lado. Por coincidência o Marcelo Crux estava por lá e nos disse que a saída se faz assim mesmo (que bom, me senti melhor). Daí quando você sai da tesoura e fica só na parede vai procurando agarras boas nessa pedra verde, cuja aderência não dá pra confiar muito. Por sorte estava absolutamente seca hoje. O Cadu depois conseguiu fazer essa saída sem usar a árvore (mas também com c* na mão).
Mais pra frente se segue por uma interessante fileira de cristais que começa vertical, ficando depois horizontal para direita e finalmente diagonal para direita, no final da qual se faz a P1. Como todas as paradas são simples, no final das contas você para onde achar melhor. Esse primeiro esticão não é o mais difícil tecnicamente mas foi de longe onde fiquei mais tenso.
O primeiro esticão visto da P1
O segundo esticão quem tocou foi o Antônio. É bem mais tranquilo, com lances de 3.o e 2.o grau. E por isso mesmo a grampeação fica mais longa.
No terceiro esticão foi minha vez de guiar novamente. Ele é semelhante ao esticão anterior: 2.o ou 3.o de grampeação mais longa. Fiz a P3 logo acima de uma curta mas bonita chaminé (que não é da via).
O terceiro esticão visto da P3
Pedi pra continuar guiando pois o 4.o esticão estava com uma cara bem interessante. Ele é um 4.o com 5.o e é onde está o crux, que é bem protegido. Bem legal esse esticão.
O quarto esticão visto da P3
A via ainda tem várias agarras quebrando e agarrinhas esfarelentas, mas nada assustador pois dá pra sacar as que são mais "quebráveis". E as partes esfarelentas dá pra ir pisando e limpando antes de subir nelas.
P4: Um grampo bom e outro nem tanto.
Eu na P4 (final da via)
Antônio na P4 com o Irmão Maior ao fundo
Vista do Vidigal e do Irmão Maior a partir da P4
Cadu começando o 4.o esticão
Cadu guiando o 4.o esticão
Cadu guiando o 4.o esticão