Oficina de conquista CECumes

Por leandro.moda

Data: 07 e 08 de outubro de 2017
Responsáveis: Arthur Estevez, Marcos Dias e Miguel Monteza.

Participantes: Alexandre Ferreira, Alexandre Morera, Antônio Santana, Bruna Chaves, Emmanuel Toscano, Gabriel Ferreira, Leandro C. Arantes, Leandro Moda, Marcello Gomide, Renata Jiamelaro, Rodrigo Anda.

Foram organizados grupos de carona, para que o Abrigo Cumes se tornasse de mais fácil acesso a todos. A primeira atividade foi organizada para o dia 07 de outubro às 08h da manhã, em que houve uma mesa redonda sobre procedimentos no processo de conquista, como documentação, materiais e sua utilização, impressões pessoais e obstáculos. Este sendo finalizado e seguido de almoço, nos organizamos para a próxima atividade na Pedreira.

Após o material ter sido separado, seguimos para a Pedreira caminhando por uma trilha de terra entre vegetação já aberta, em único nível, bem marcada e de fácil execução. A vista do local foi surpreendente, como uma grande clareira salpicada de pedras, margeada por uma formação rochosa ímpar e, ao fundo, diversas montanhas aparecendo com o céu límpido. Foi demonstrada a colocação de cliff com estribo e, posteriormente, aberto para que todos tentassem sob supervisão.

Em seguida, foi dada a oportunidade para que fizéssemos um furo para grampo com talhadeira e depois fixássemos o grampo em uma pedra pequena solta que havia por perto. Revezamos para que todos pudessem ter a experiência. Entretanto, o grampo acabou quebrando no local de fusão externa do olhal com o tarugo, provocando grandes risadas e debate sobre o que poderia ter o causado.

Seguimos para uma outra face da pedra mesma pedra, para que fosse realizado um furo com a furadeira para chapeleta Pingo, sua colocação e debate sobre torque final a ser empregado. A porca foi forçada mais do que o necessário para demonstrar o que aconteceria caso houvesse uma exigência maior do material, que acabou por ficar preso na pedra mesmo após as investidas diversas para tentar soltá-la.

Finalmente, nos dividimos em grupos para explorar a Pedreira em 2 vias já estabelecidas, uma em processo de conquista pelo Arthur Estevez com seu amigo Diogo e outra que começou a ser conquistada naquele dia pela Renata Jiamelaro, que visualizou a linha, Miguel Monteza e Rodrigo Anda. Antônio Santana guiou a via em que o Arthur e o Diogo estavam trabalhando, enquanto os demais, com a minha exceção, se dedicaram a subir as vias à direita da Pedreira já existentes. A atividade durou até pouco depois de 18h, quando a noite todavia havia caído.

Voltamos para o abrigo Cumes e realizamos um churrasco ao lado de uma fogueira, sendo uma momento de grande troca e interação entre as pessoas de diversos níveis de vivência em escalada. Aos poucos, os escaladores foram se dissipando para suas devidas barracas ou camas do estabelecimento, para que pudéssemos estar descansados para a atividade do dia seguinte. O despertar foi marcado para às 6h da manhã.

Na manhã seguinte, posteriormente ao café da manhã, nos dividimos em três grupos e nos direcionamos para pontos diferentes: um grupo para a Pedra da Reunião, um para o Cone e outro para o Contraforte do Mãe d'Água. O objetivo era conquistar uma via e colocar em prática os aprendizados prévios do final de semana. Os grupos foram divididos de modo a manter um escalador mais experiente no assunto em cada, sendo eles os responsáveis pela atividade.

Estive no grupo formado por Miguel Monteza, Marcello Gomide e Antônio Santana, que foi para a Pedra da Reunião. Deixamos os carros em um terreno de uma moradora local, em que pedimos permissão à família do local tanto para deixar os carros, quanto para passar por dentro do terreno de plantação deles para ter acesso à base da pedra.

A trilha até a montanha não é bem demarcada, mostrando que há pouco acesso à pedra. Margeamos a plantação por um período curto de tempo até chegarmos em uma região de vegetação mais fechada. Haviam sinais de exploração em alguns trechos que seguiam até a base de uma via aberta à esquerda de onde foi visualizada a linha da via que fomos explorar. A abertura da trilha provisória até o local que julgamos ideal para a base foi realizada com facão e tesoura, para afastar apenas o necessário para atravessar com os equipamentos. O trecho é bem íngreme e nada trivial, com dois momentos fáceis de costão no caminho.

Chegamos a base que esperávamos seguindo em direção a um totem já visualizado pelo Arthur Estevez previamente. O Miguel Monteza abriu a escalada, sendo seguido pelo Antônio e só então por mim e pelo Marcello. A linha era realmente muito boa e quase que obrigatória para a definição da via, com abaulamentos pequenos e adjacentes que lembraram uma escadaria. Foi um momento excelente para ver na prática o que foi discutido e sanar novas dúvidas sobre os procedimentos. A via foi toda conquistada de 9h até 14h aproximadamente com uso de chapeletas Pingo e dois grampos, mas ainda ficaram algumas pendências.

Começamos a descer a trilha em seguida, o que nos rendeu alguns tombos, visto a inclinação local. Houve alguma dificuldade para voltarmos para a estrada, pela falta de marcação esclarecida da trilha. Conseguimos chegar de volta aos carros após alguns minutos e retornamos para o Abrigo para nos organizarmos para voltar para a cidade do Rio de Janeiro.

Gostaria de expor a importância de atividades como essa, não só para a integração e troca de conhecimento, mas para incentivo de novos sócios e novos escaladores a progredirem e serem mais presentes no clube.

Bruna Chaves

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