Relatório Via Emílio Comici (4º IVsup E2 D2) – 01/07/2017
1. ESCALADORES / CORDADAS (na sequência do deslocamento na via)
a. Adriano / Marcos Linhares
b. Emerson Gaier / Maira Gaier
c. Thiago Luna / Will
2. CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO
- Data: 01 Jul 2017.
- Início da Trilha de aproximação, na entrada da Área Rural: 07:45h
- Saída do Guia da Base da Via: 09:00h
- Retorno à Base da via 16:00h
- Cume : 1a Cordada: 12:00h / 2a Cordada: 13:00h / 3a Cordada: 14:00h
- Tempo instável, com sol forte / pancadas de chuva fraca.
3. GUIAS
a. 1º / 3º / 5º esticões
- Linhares / Emerson / Thiago
b. 2º / 4º / 6º esticões
- Adriano / Maira / Will
Obs: Os esticões se referem aos do croqui. No caso, as cordadas não pararam exatamente nas paradas originais para poderem escalar simultaneamente.
4. APROXIMAÇÃO
Chegamos no estacionamento na frente da área rural às 07:30h. Esperamos 15 min decidindo se entraríamos direto ou solicitaríamos autorização ao guarda da Guarita. Optamos por entrar direto. Solicitamos autorização aos moradores e seguimos pela trilha. Passamos a torre e seguimos à esquerda, onde existem caixas de criações de abelhas desativadas. A partir daí, sufoco no mato, como mostra as marcações do GPS, na figura acima.
- Final da aproximação
5. CROQUI DA VIA EMÍLIO COMICI
6. DESCRIÇÃO DA ESCALADA
Chegamos na Base da Via por volta das 09:00h. O único que tinha feito era o Linhares, há mais de 20 anos. Logo, nenhum dos seis conhecia a via. Seria guiada à vista.
Equipamos no platô, um grampo acima da Base original, realizamos rápido briefing, definindo a Ordem de Movimento. Iniciamos a escalada as 09:15h. Tempo bom, com céu aberto, prometendo ser um dia de muito sol. Todavia, havia previsão de chuva para o final da tarde.
As Cordadas realizaram os rodízios de guiadas. A 1ª Cordada escalou mais rápido (O Adriano e o Linhares são mais experientes) que as demais.
- Chegada na Base da via. Erramos um pouco. Subimos, em solo, um grampo, pela esquerda da via. Paramos em um platô. Optamos por iniciar dali mesmo.
1. Primeiro Esticão
Esticão relativamente fácil, sem maiores complicações. O difícil foi o posicionamento, pois não estávamos na Base. Fizemos uma horizontal, fora da via, até chegar no segundo grampo, onde iniciamos efetivamente.
- Emerson e Thiago no Platô. Mais a frente, junto ao segundo grampo (onde iniciamos, estão Linhares e Maira.
2. Segundo Esticão
Relativamente difícil. Tem uma pequena fenda que cabe um dedo. Está graduada em IV Sup. Acreditamos ser bem mais difícil... Um mesclado de regletes com aderência. O psicológico tem que estar bom para guiar esse lance.
- Emerson na 1ª Parada, fazendo a Seg para a Maira guiar o 2º Esticão.
- Will na Parada, após guiar o 2º Esticão. Saliente, a fenda que serve de apoio para a subida. Consideramos esse como o Crux da via.
3. Terceiro Esticão
Graduada em IV, a grampeação fica bem próxima. O estranho é que do último grampo até a parada está graduado em III; todavia, é a parte mais difícil. Tem um passinho de equilíbrio para alcançar a parada. Se for pela direita, existe muita terra com vegetação. Em hipótese alguma pisar na vegetação, será queda na certa. Muita sujeira nessa enfiada.
- Emerson (de mochila verde) guiando o esticão. Maira na Seg. Muita terra nessa enfiada.
- Linhares na Seg (acima) e Adriano escalando (participante)
- Emerson (acima) e Maira, preparando para escalar (participante)
4. Quarto Esticão
Graduado em III, aparentemente fácil; todavia, tem um lance muito difícil na chegada ao Platô. É um lance com regletes muito pequenos e um pouco de aderência. Tem uma agarra grande no alto. Pessoas com mais de 1,80m tem mais facilidade.
- Na primeira figura, Thiago preparando para fazer o Lance. Acima, a agarra grande que caracteriza o final do lance. Na segunda figura, o Thiago finalizando o lance, pisando na agarra.
5. Quinto Esticão
Inicia com uma Chaminé / Fenda larga. Importante a colocação de peças móveis para a proteção. Lance extremamente sujo, com galhos e cactos. Visualmente parece difícil; mas, na prática, é um lance relativamente simples. Após essa fenda larga, existe um grampo e uma fenda mais estreita, com ninhos de morcegos. Terminada essa fenda, seguir para a direita até a parada simples. Muito arrasto da corda nessa enfiada.
- Início do esticão
- Fenda mais estreita, com ninhos de morcegos.
6. Sexto Esticão
Lance de III grau de agarrinhas. Saída com aderência. Lance relativamente simples. Na chegada à parada, seguir pela direita, subindo pequeno platô, com vegetação. Se seguir direto para a parada, o lance fica mais difícil.
- Maira chegando na parada final, seguindo pelo platô, onde existe vegetação.
7. Deslocamento até o cume
Segue-se por um trepa pedra até o cume. Cume muito sujo. Cuidado no retorno à parada dupla para início do rapel. Segurança de platô.
- Maira, Emerson, Will (com o capacete estiloso) e Thiago na parada dupla final. Adriano e Linhares já haviam rapelado.
8. Rapel / deslocamento de retorno
Descida complicada. Muito cuidado para não pendular. Muito risco de prender a corda. A atenção deve estar redobrada.
- Chegada à base, após o rapel.
- Deslocamento de retorno mais tranquilo, sem muitas voltas.
- Chegada ao estacionamento, muito cansados, mas realizados pela aventura.
6. CONCLUSÃO
Via tradicional que todo o Escalador deve fazer. Lindo visual, mas não é de graça. Embora o nível técnico seja 4o Grau, é bem exigente... Deve-se levar bastante água e comida. Foi um excelente dia de atividade para esses integrantes do Clube Excursionista Carioca (CEC). É uma via completa, com agarras, aderência, pequena Chaminé / entalamento e técnica de oposição. O psicológico deve estar muito bom. Um treinamento completo para escaladores.
Por Emerson Gaier