Relatório Via Passagem dos Olhos (4º IV E2 D2) - 17/06/2017
1. ESCALADORES
a. Emerson Gaier
b. Maira Gaier
c. Thiago Luna
2. CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO
- Data: 17 Jun 2017.
- Início da Trilha de subida, na entrada do Parque: 07:30h
- Saída do Guia da Base da Via: 09:30h
- Chegada ao Cume: 15:30h
- Tempo bom, com sol forte.
3. GUIAS
a. Maira Gaier: 1º esticão
b. Emerson Gaier: 2º / 4º e 5º esticões
c. Thiago Luna: 3º esticão
Obs: Os esticões se referem aos do croqui. No caso, o Thiago alongou o 3º
esticão e o Emerson fez um 4º esticão reduzido.
4. CROQUI DA VIA PASSAGEM DOS OLHOS (As paradas utilizadas não
foram as do croqui)
[imagem retirada a pedido do autor Flávio Daflon em 14/10/2021]
[imagem anotada retirada a pedido do autor Flávio Daflon em 14/10/2021]
5. DESCRIÇÃO DA ESCALADA
Chegamos na entrada do parque às 0700h, preocupados em sermos os
primeiros a entrar, visto que essa via é uma das mais procuradas. Nenhum
dos três conhecia a via. Seria guiada a Vista. O Emerson fez reconhecimento
por imagens. Isso facilitou a localização da Base.
Entramos 07:30h e seguimos para a base da via. Subimos rápido, parando 5
min na Praça da Bandeira. Seguimos e localizamos a base da via
rapidamente. Equipamos, realizamos rápido Brifieng, definindo a Ordem de
Movimento. Levamos rádio comunicador, definindo frequências principal e
alternativa. Iniciamos a escalada as 09:30h. Já havia uma cordada nas
primeira e segunda paradas. Tempo bom, com céu aberto, prometendo ser
um dia de muito sol.
- Chegando na Base da Via.
1. Primeiro Esticão
chegar na parada, tem um diedro de 4º grau. Atenção nesse diedro. Uma
queda pode machucar, não é protegido com grampos.
- Na primeira foto, está a Maira Guiando o início da via. Importante ter
segurança de corpo na saída. Na segunda foto, no meio da primeira enfiada.
- Emerson preparando para entrar no diedro, antes da 1ª parada.
2. Segundo Esticão
Pela Ordem de movimento, o Emerson chegaria, por último, e já iniciaria
guiando o 2º Esticão. Seguiu por uma pequena horizontal, passou por um
caminho no mato, perdendo contato visual. Iniciou a horizontal, o primeiro
grampo está bem longe. Ele estranhou muito isso. Colocou uma costura antes
da orelha do imperador e teve que descer para contornar a Orelha e chegar
na 2ª parada. O rádio comunicador foi fundamental. O vento impedia o contato
sonoro.
- Emerson e Maira na Parada dupla do 2º Esticão, fazendo segurança para a
chegada do Thiago.
- Thiago chegando na Parada dupla do 2º Esticão. Tem que Na primeira
imagem o Thiago na horizontal. Teve que subir e, depois, descer para fazer o
lance (segunda imagem).
3. Terceiro Esticão
O Thiago chegou por último na parada e iniciou a guiada do 3º Esticão. Tem
uma descida de cerca de 2,5 m (assustadora). O Emerson improvisou uma
costura longuíssima com cordeletes para servir de Batman em caso de
necessidade. Essa descida tem poucas agarras de mão e exige força nos
dedos. O Guia não necessitou do apoio extra. Desceu e achou por bem não
costurar no 2º grampo (teria que subir e descer, novamente), seguindo para o
próximo. O Emerson, que era o último, se deu mal, teve que descer com corda
de baixo na segurança. Passou perrengue para retirar o batman que havia
improvisado para a equipe. Embora não utilizado, o Batman foi uma medida
de precaução extra.
O Thiago alongou o esticão, seguindo para uma parada dupla intermediária.
Tem uma quina, depois de uma placa de metal da via, que é delicada a sua
passagem. Depois dessa quina, tem um lance que é de descida. Todos
consideramos essa descida como o Crux da via.
- Maira Chegando na 3ª Parada, depois do lance que consideramos como o
Crux.
- Emerson chegando na 3ª Parada e Maira descansando em um buraco na 3ª
Parada.
4. Quarto Esticão
O Emerson chegou por último e iniciou guiando imediatamente. Esticão que
termina dentro do Olho Direito do Imperador. O esticão ficou reduzido porque
o Thiago havia alongado o terceiro. Não necessitou do rádio comunicador.
Paramos uns 20 min dentro do olho direito para tirar umas fotos.
- Imagem dentro do Olho Direito do Imperador.
- Maira descansando e contemplando o visual.
5. Quinto Esticão
Ficamos na dúvida entre rapelar ou desescalar até o cabo de aço.
Resolvemos desescalar. O Emerson iniciou a guiada. A corda ficou presa em
uma pedra e ele teve um pouco de dificuldade. Seguiu direto até a parada
dupla no final do cabo de aço. Tem um diedro no final, terminando na parada
dupla. Fez a segurança da Maira e, depois, do Thiago. Importante deixar a
solteira bem curta. Caso de queda, o escalador deve alcançar o cabo. Para
não fazer muita força é bom deixar o corpo o mais vertical possível,
procurando pequenas agarras de pé. O prejudicado, agora, foi o Thiago, que
iniciou desescalando com a Seg de baixo.
- Primeira imagem: Thiago finalizando o 5º Esticão. Segunda imagem: Thiago
chegando na parada final.
6. Trilha até o cume
Fizemos a comparação croqui / terreno e identificamos o itinerário a seguir.
Tem um deslocamento no mato, um trepa pedra e uma trilha até o cume. No
deslocamento pelo mato deve-se usar o capacete. Tem muitas garrafas
quebradas no chão. O Pessoal deve jogar essas garrafas do cume.
O Trepa pedra é uma escalada de 1º grau. Se estiver molhado deve-se ter
muito cuidado. Não pode cair.... A trilha final é bem marcada no terreno.
- Trepa pedra, depois do mato.
- Visual da trilha final.
- Cume da Pedra da Gávea.
7. CONCLUSÃO
Via tradicional que todo o Escalador deve fazer. Lindo visual, mas não é de
graça. Embora o nível técnico seja 4º Grau, é exigente e assustadora, por ser
em horizontal e com uns lances de descida bem esquisitos...Tempo total de
10,5 h, desde a entrada do parque até o retorno, com 30 min de intervalo no
cume.