Travessia Praia Vermelha - Leme

Por charao

Relato escrito por Carla Milioni. Prancheta aberta por Alexandre Charão; participantes: Carla Milioni, Alberto (Beto), Pedro Pow e Cris Veerman (amiga do Charão)

Dsc 0598

COMEÇO DA TRILHA
Saímos do Obelisco no horário marcado (16h), andamos pela areia na Praia Vermelha e logo pegamos o costão da direita, atrás do CMPV. Antes de marcarmos essa atividade, o Pow me contou que da outra vez que ele fez essa travessia algumas agarras de cimento (colocadas por pescadores) tinham caído com a pisada dele. Fiquei com muito medo nesse trecho, especialmente porque o costão é inclinado e as melhores agarras são justamente as de cimento. Passamos pelo primeiro costão de sapatilha (eu e Cris), Beto estava de tênis e Charão e Pow de papete. Se eu não estivesse de sapatilha, certamente teria desistido. É um trecho bem íngreme e, se cair, cai no mar se ralando bem.
Passamos por dois costões íngremes, em longos trechos de horizontal em agarras de cimento. Depois pegamos uma trilha, que sobe o morro e começa a descer para a esquerda (para a direita sai uma trilha que deve chegar ao Forte do Leme).


PRIMEIRO MERGULHO NA ÁGUA
No final dessa descida tem um costão suave que acaba no mar. Não daria para continuar andando pelo costão, pois a pedra fica muito inclinada a partir daí. O mar estava um pouco agitado (eu nunca tinha passado lá antes, então não sei comparar com os outros dias). O Pow foi o primeiro a pular no mar e eu fui na sequência. Saímos nadando em direção à praia do anel, mas quando chegamos lá, vimos que os outros três estavam muito longe ainda. O Charão dizia alguma coisa, mas eu não conseguia entender (nem enxergar, pois o trecho de nado eu fui sem óculos). Decidi pular na água de novo para chegar até eles, foi quando o Pow entendeu que o Charão queria os sacos estanques que estavam conosco (que boiam). Voltei para a praia e peguei os dois sacos (detalhe: quando entrei na água desta vez, vi uma tartaruga marinha do meu lado, bem pertinho mesmo!). Quando cheguei perto deles, percebi que a Cris não estava conseguindo nadar e até aquele ponto o Charão e o Beto estavam rebocando-a. Aí eu comecei a ajudar, peguei a mão dela e a levei até a praia. A Cris se sentiu mal principalmente por causa da temperatura da água, que estava MUITO fria.

Dsc 0625

PRAIA DO ANEL
Quando todos chegaram na praia do anel, passamos muito frio, pois o trecho todo do nado estava na sombra. A travessia seguia por um pequeno trecho de pedras e logo teríamos que pular novamente na água para fazer o segundo trecho de nado. Todos estavam com medo da temperatura da água. Paramos nas pedras para comer e beber água. A Cris, o Charão e o Beto tentaram seguir pelo costão, pois queriam evitar esse outro trecho de nado. O Pow depois os acompanhou, mas no final não era possível seguir pelo costão. Eu já estava na água há um tempo quando todos pularam finalmente. Detalhe: enquanto esperava que eles entrassem na água, vi outra tartaruga marinha (ou a mesma...).


SEGUNDA SAÍDA DA ÁGUA
Como eu estava adiantada, fui nadando na frente e subi um costão (onde inicialmente usaríamos a corda, mas eu não estava com ela então fui sem nada). Fiquei esperando ali um tempo.
O Pow, a Cris e o Beto subiram por um costão mais íngreme, um pouco antes do que eu subi. Quando o Charão chegou, ele caiu ao tentar subir na pedra; o Beto jogou a corda para ele nesse trecho, pois a pedra tinha ficado bem molhada e escorregadia quando os três passaram antes. As descidas e subidas nos costões de pedra deixaram os meus pés cheios de cortes (hoje estão doendo muito...). Os outros não se machucaram porque estavam usando meia ou papete nesses trechos.


RECOMEÇO DA TRILHA
Bom, ao final desse costão tem um lancezinho de escalada (não passa de 2 grau), sem grampo. Subimos com cuidado, pois os nossos sapatos estavam molhados. Depois pegamos outra trilha à esquerda e começamos a andar por outro costão de pedra, bem menos inclinado que o costão do começo. Com as agarras já molhadas, Charão e Beto tiveram dificuldade e colocaram a pequena corda que tínhamos levado. Seguimos um bom tempo nesse costão até chegarmos numa pequena trilha à direita, que acaba num local com um visual incrível de Copacabana. O sol estava baixando, tiramos várias fotos pois a aventura estava quase acabando.

Dsc 0634

DESCIDA PARA O CAMINHO DOS PESCADORES
Dali desceríamos em direção ao caminho de pescadores no Leme, mas nos deparamos com um trecho beeem inclinado, que tem até um fio , literalmente, pois é um fio ELÉTRICO (!!), bem mais fino que uma corda, colocado pelos pescadores. Como nossos sapatos estavam molhados, nos apoiamos nesse fio para descer (menos o Pow). Chegamos no caminho de pescadores exatamente às 19h, totalizando 3 horas de atividade. Convém sincronizar a chegada ao Leme com o pôr do sol mas cuidado, se houver atrasos logo vai escurecer (levar headlamp).

Dsc 0657

Foi uma travessia muito legal!!! Mas agora que eu conheci, só levaria pessoas que sabem nadar beeeem no mar, pois o crux para mim foi o trecho de nado. O costão do começo também impressiona e é necessário levar sapatilha, para evitar acidentes.

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