Via: Gallotti (5° VI A1 D3 300 m)
Via: Gallotti
Local: Pão de Açúcar
Equipe: Miguel Monteza / Wagner da Penha Pereira
Grau: D3 5º VI A1
Extensão: 300 m
...
Fotos em:
https://goo.gl/photos/d73PjYw6DPpV1ZvG7
...
Croqui antigo:
http://www.carioca.org.br/croqui/croqui-cec.psp?0073
...
Dia 1° de março de 2017 fui à Galloti com o Wagner Pereira (Roxino). Como a sombra é à tarde, começamos a escalar às 10am. De mochilas leves, joelheiras, corda de 60 m, camalot 3 e um link cam laranja.
Levei impresso o croqui do guia da Urca (4ª edição), pra ir acompanhando e anotando as paradas e observações.
Fizemos a P1 numa parada dupla confortável, um grampo abaixo da P2 do croqui. P2 em cima de um bloco entalado, 2 grampos abaixo da P3 do croqui. No esticão seguinte tivemos que cruzar os cipós e outras plantas à direita, que estão tomando conta. Eu voto pela poda, mantendo tudo vivo, mas sob controle. O lance seguinte é o "trepa árvore" no croqui. Está bem precário. Cada vez mais terra cai e quando a árvore cair o lance vai mudar bastante. Seria interessante procurar um caminho que não utilizasse a árvore, por onde, obviamente, seria preciso bater um grampo.
Fizemos a P3 na base do lance do estribo. O grampo é muito alto, e com boa chance de cair tentando chegar nele, então parei na fenda, com o camalot 3. Mas como precisaria do camalot 3 pra guiar o lance do estribo, ensolteirei o Wagner com um fiel no grampo pra liberar o camalot. Manobra meio desconfortável. Vale levar 2 camalots a mais para montar essa parada em móveis, que é bem natural.
O esticão do lance do estribo foi bem curto, como sugerido no croqui. Faz muito atrito. P4 então foi abaixo da meia lua, onde o croqui do Daflon sugere P5.
Segue um lance de chaminé, e após o grampo saímos pra oposição da meia lua. Cheia de teias de aranha. Fui subindo até o grampo seguinte, de onde não havia passado na última tentativa. Desta vez, ao invés de gastar força em oposição, entalei o braço esquerdo na fenda e fui ganhando altura, até que a aresta da laca ficou melhor de segurar, aumentaram as agarras de pé, e logo o topo da laca fica "positivo", facilitando o domínio. O esticão segue lindo, acho que o mais bonito da via. Parei abaixo da chaminé da Gia, em um grampo de onde se vê bem ela. Nossa P5.
O esticão seguinte foi curtíssimo, acabei parando na P6 do croqui, mais uma vez no camalot 3. Alí é um platô dentro da chaminé, mas confortável por ser amplo. Parada natural. Percebi que uma parada dupla havia sido arrancada dali (foto) e fiquei curioso pra saber se era original da via ou não. O croqui antigo indica grampo alí. O novo, fala de um bico de pedra, mas não encontrei. Pra nós foi o camalot 3, que fica muito bom (foto).
A chaminé da Gia é tensa até o primeiro grampo, pois tem que escalar pra fora, em direção à luz do dia. Depois ela estreita, e os grampos ficam mais próximos. Escalando de costas pro mar, a parede da frente é cheia de agarras e abaulados. Fácil, mas cansativa. E o segredo é ir cada vez mais pra fora, quase na beirada onde a chaminé acaba.
Na P7 os arbustos cresceram tanto que fica difícil ver o grampo, se prender e depois recolher a corda. Chegamos aí por volta das 3:40pm.
Mas o trecho seguinte, depois do fim da via, foi dos mais trabalhosos. Mais de 50 metros de floresta, que fizemos em 2 esticões. 1 com corda e o outro sem. Mais uma vez, eu voto pela poda dos arbustos.
Grande via de aventura!
Valeu Tadeusz Hollup, Patrick White, Antônio Marcos de Oliveira, Laércio Martins, e Ricardo Menescal.
Miguel Monteza