Vilma Arnaud - 4º V E1/E2 D1 - Morro da Babilônia (Face Norte)

Por daniel.correia

Data: 13.04.2913

Guia: Pedro Salomão

Participante: Nathália Braga

Bom,

Minha primeira escalada oficial pelo clube como EAT (aeeeee ... Esse vai pro livro =] ).
Quando comecei a guiar, a sugestão do Gustavo era de passar o rodo no Babilônia, e vim fazendo isso aos poucos desde então, subindo um grau de cada vez.
Fiz as vias de III e IIIsup, depois as de IV e IVsup, e era chegada a hora de buscar mais um grau.
Marquei com a Nathália de fazer a Arca de Noé, no babilônia, que é 4º V, mas o crux era bem protegido.
Fomos nos falando durante o dia, tempo bem fechado, nos encontramos na Urca 13:20.

Entramos no Babilônia, e comecei a procurar a base da Arca de Noé.
As informações do guia não são muito precisas, e eu sabia mais ou menos onde ficava a Jacques Costeau. Apesar disso, não achei a base de jeito nenhum.

Cogitei subir na Jacques, por achar que era ela a Arca de Noé, mas os grampos estavam MUITO espaçados. Tava nítido que não era um E2.
Nesse momento começa a chover.
Cheguei a cogitar abortar, a Nathália dizia: "Não não não não!!".
Mas a chuva parou. Acho que nem São Pedro comprou briga com a Nathália.
Sugeri mudarmos para a Vilma, por que era ali do lado (Eu conhecia a base, e já tinha guiado o primeiro esticão no CPC. Sabia que era tranquilo, e caso chovesse era só descer).
Ela topou, e fomos.

Subi o primeiro esticão, cheguei na proteção dupla e perguntei quanto de corda ainda tinha. Não tinha nem chegado na metade.
Falei que ia continuar subindo para esticar mais a corda.
Subi mais um trecho, costurei e encontrei uma barriga. Tentei pela direita, posição ruim, lance mais difícil. Não curti. Pedi para a Nathália me descer de baldinho, montei a parada ali mesmo e ela veio tranquila.

Com o movimento ruim no próximo lance, optei por deixar a mochila ali e escalar leve. Quando subi e cheguei no lance, ele era pelo outro lado (esquerda). Pensei: "Droga, deixei a mochila atoa", mas toquei para cima.
Fiz esse esticão beeeeeeeeeeeeeem longo, passei direto da primeira proteção dupla (primeira parada sugerida pelo guia) e fui subindo.
No meio do caminho tem um platô LINDO. Parei, dei tchau para a Nathália em pé, e segui.
Cheguei a pular duas chapeletas nesse esticão, por que estavam fora da linha da via, pelo menos da minha linha de escalada, e fazer horizontal para costurá-las ia ser muito ruim.
Daqui a pouco a Nathália me grita: "CORDA ...." (kkkkkkkkkkkkkkkk).
Brincadeira, ela gritou avisando que só faltavam 10 metros de corda.
Olhei mais acima, um grampo e a parada (segunda sugerida pelo guia).
Olhei para o meu Rack, 1 costura!
Pensei: "P$%& QUE P#$%^, nunca mais acerto desse jeito".
Como não olhei o croqui na base, e deixei a mochila na parada, não planejei essa subida para ver a quantidade de costuras que precisava.
E por pura cagada, pulei as duas chapeletas mais abaixo.
Terminei o esticão, cheguei na parada e a Nathália veio bem tranquila ainda.
Até aqui a via tem no máximo lances de 4º, nada desesperador.
Nesse 3º esticão, vem o CRUX da via.
Uma sequência de lances de V, 5 ou 6 passadas bem verticais.
Subi, costurei a chapeleta, e mais um grampo.
Nesse grampo o 5º começou a aparecer.
Meio tenso, segurei na costura, estudei muito o lance, e não deu jeito.
Subi um pouco, pisei no grampo e fui. Depois disso, fiquei mais tranquilo, vi que não tinha mistério, e fiz o resto do lance todo sem usar os grampos.
AEEEEEEEE! O 5º saiu guiando!
Terminei de subir um IVSup de agarras bem pequenas, montei a parada em um grampo simples e chamei a Nathália.

Ela veio subindo, chegou rápido no Lance de 5º.
Caiu. Não vi a queda, só senti a pressão na corda.
Passou aqui com dificuldade, chegou a descançar na corda uma ou duas vezes, mas fez o lance!
Pedi para ela parar um grampo abaixo de mim, para diminuir o peso na proteção.

Fizemos 4 rapéis até a base.

Abraços,
Pedro Paulo Gallois Salomão

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